No meio do ano passado, a abstinência pelas transmissões do Futebol Americano domingo à noite, que estavam com a temporada em férias, me fez cair de paraquedas no segundo episódio do programa “Tomara que Caia”, exibido por pouquíssimo tempo pela Rede Globo. Para quem não conheceu o projeto, tratavam-se de esquetes apresentadas ao vivo, com um diferencial, situações escolhidas pelo público, sobre as quais os atores deveriam improvisar. Até aí, tudo perfeito. Ideia ousada e regida pelas novas “obrigações” de interatividade da televisão atual.

Posso dizer com segurança que a faísca que fez explodir a decisão de recriar uma nova Alltype nasceu a partir de uma inspiração pelo avesso, enquanto assistia à atração global.

O insucesso do criticado show não se deu pelo formato, pelo horário na grade de programação, pelas imperfeições do “ao vivo”, dinâmica de interatividade ou pela competência (ou falta dela, sem entrar nesses méritos), dos atores. A única coisa que tinha de errado no programa era o texto. O roteiro era uma porcaria, sem graça. Para quem algum dia se acostumou a fechar o domingo com os diálogos inspiradíssimos de Caco Antibes, Magda, Ribamar e companhia, se divertir vendo “Tomara que Caia” era impossível.

Não adianta ter pompas se o conteúdo for fraco, Glória Pires no Oscar que o diga. E assim, nascia a inspiração para decisões que mudariam os rumos da Alltype Publicidade e Marketing.  Desde então, nossa missão se tornou deixar claro para o mundo inteiro que pretendemos ser muito mais que uma mera agência de criação, mas um lugar onde as pessoas pensam antes de fazer.

Seria essa uma escolha que vai na contramão deste mundo cauda longa, superficial e veloz? Nós preferimos apostar em nossa mais real convicção de que sem uma ideia na cabeça não se vai a lugar algum.

Leonardo Penna